A pesquisa clínica desempenha um papel essencial para o avanço da sociedade e no desenvolvimento de tecnologias inovadoras no âmbito da prevenção, promoção, diagnóstico e reabilitação. Os desafios da condução de pesquisas clínicas envolvem riscos que precisam ser cuidadosamente gerenciados para garantir a segurança dos participantes, dos pesquisadores, a integridade dos dados e o respeito aos padrões éticos. Diante disso, as práticas de biossegurança se tornam fundamentais. O conhecimento sobre as melhores práticas precisam ser difundidos e rigorosamente seguidos pelos grupos de pesquisa. A proposta emerge da atuação do nosso grupo de pesquisa, que atualmente desenvolve o projeto Sistema Diagnóstico da Disfagia Orofaríngea baseado em Inteligência Artificial. Tal projeto exige a coleta e o uso de dados clínicos complexos e sensíveis, com vistas à criação de bancos de dados robustos que subsidiem análises com uso de inteligência artificial. Nesse contexto, a biossegurança se apresenta como eixo estruturante não apenas para a proteção dos participantes de pesquisa, mas também dos profissionais envolvidos na coleta de dados — que atuam em ambientes hospitalares e ambulatoriais, muitas vezes vulneráveis a riscos biológicos. Discutir biossegurança, portanto, significa também garantir condições seguras e éticas para o trabalho de pesquisadores, bolsistas, técnicos e estudantes que transitam por esses espaços, assegurando o cumprimento de normas e boas práticas. A proposta do evento contempla esse olhar ampliado e interdisciplinar sobre a biossegurança, abordando desde a organização e proteção de dados clínicos até os protocolos para a atuação em campo. Trata-se de um debate essencial para programas de pós-graduação que integram saúde, tecnologia e gestão, como é o caso do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias em Saúde. O evento também nasce da necessidade identificada entre os integrantes do grupo de pesquisa de discutir, aprofundar e atualizar os conhecimentos sobre biossegurança no contexto da pesquisa clínica e da transformação digital em saúde. Esse movimento reforça o compromisso com a formação de pesquisadores críticos, responsáveis e alinhados às exigências contemporâneas da produção científica. Reiteramos, assim, que a proposta está plenamente conectada às linhas do Programa, promovendo a integração entre inovação tecnológica, gestão da informação e práticas clínicas seguras e éticas. Acreditamos que avançar em pesquisas tecnológicas e inovadoras em saúde exige, necessariamente, a articulação entre áreas distintas — como a biossegurança, a gestão e a ciência de dados — e o fortalecimento de espaços de debate qualificado como este evento propõe.

Discutir os princípios e as práticas de biossegurança aplicadas à pesquisa clínica em ambientes hospitalares e ambulatoriais, com ênfase na proteção de pesquisadores, profissionais de saúde e participantes de pesquisa. Promover o debate interdisciplinar sobre os desafios éticos, técnicos e regulatórios relacionados à coleta, armazenamento e uso de dados clínicos em saúde, especialmente em projetos que utilizam inteligência artificial e tecnologias digitais. Qualificar estudantes, pesquisadores e profissionais da saúde quanto às boas práticas de biossegurança, considerando os diferentes contextos de atuação e os riscos biológicos envolvidos. Fortalecer a cultura de segurança e responsabilidade ética no desenvolvimento de bancos de dados clínicos, essenciais para pesquisas em saúde baseadas em dados e para o avanço de tecnologias inovadoras. Estimular a integração entre as áreas de tecnologias da informação, gestão em saúde e pesquisa clínica, reforçando a importância da biossegurança como eixo transversal ao desenvolvimento científico e tecnológico. Contribuir para a consolidação de diretrizes institucionais e acadêmicas que apoiem a implementação segura e ética de projetos de pesquisa clínica interdisciplinar.

ODS 3 e 4

Não

Público Interno, Público Externo, Docente, Discente, Técnico Administrativo da Instituição.