Objetivo geral: Qualificar o acesso de pessoas LGBTQIA+ aos serviços de saúde na rede pública de atendimento. Objetivos específicos: - Realizar ações de educação em saúde, na modalidade presencial ou híbrida, para trabalhadores da Atenção Primária à Saúde, visando à qualificação para atendimento de pessoas LGBTQIA+; - Promover ações de formação sobre o processo de hormonização nas 4 Coordenadorias Distritais, estabelecendo no mínimo uma Unidade de Saúde como referência para matriciamento das demais presentes no território; - Construir um protocolo de hormonização para pessoas trans, travestis e não bináries, de forma a qualificar o atendimento a pessoas trans na rede de Porto Alegre e fortalecer os serviços de atendimento exclusivo a essa população.

A atenção para as especificidades de atendimentos a pessoas transexuais e travestis (e de gênero diverso) tem pauta prioritária nas ações da Área Técnica de Saúde Integral da População LGBTI+ da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, devido à alta vulnerabilidade social dessa população e à consequente grande desassistência. A exclusão social à qual essa população está submetida e as violências vividas fazem com que grande parte de seus adoecimentos seja relacionada a sofrimentos por condições sociais. A Atenção Básica é o nível de assistência em que esses adoecimentos podem ser identificados, notificados, amparados e cuidados, pois oferece espaço privilegiado na gestão de cuidado de pessoas, bem como cumpre papel estratégico na rede de atenção. Portanto, faz-se necessário planejar e organizar os serviços das Unidades Básicas de Saúde (UBS) para que o acesso à saúde dessa população seja ofertado e qualificado. Uma das necessidades de saúde específicas desta população é a prescrição e oferta de hormônios para as pessoas que desejam realizar transformações corporais dessa forma. A hormonização (também conhecida por terapia hormonal ) é uma intervenção de saúde utilizada por muitas pessoas transexuais e travestis como uma estratégia para se expressarem e serem reconhecidas pela sociedade dentro dos limites do gênero com o qual se identificam ou com o qual preferem ser identificadas. Na grande maioria dos casos, as pessoas transexuais e travestis que chegam ao serviço de saúde com essa demanda já fazem uso de hormônios e têm clareza de que querem continuar a usá-los. A hormonização é um direito dessa população, assim como qualquer outra demanda em saúde que possa ser apresentada individualmente, e acolher essa necessidade dentro de uma UBS possibilita que outros aspectos da saúde possam ser também cuidados. Logo, esta oficina tem como objetivo apoiar a Atenção Básica no acolhimento e no cuidado específico para essa população, já que é o nível de atenção que tem função de oferecer acesso à saúde e atenção integral.

A oficina será desenvolvida em parceria entre o Núcleo de Inclusão e Diversidade (NID) da UFCSPA e a Área Técnica e Saúde Integral da População LGBTI+ da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. A atividade será realizada na modalidade presencial, no Teatro Moacyr Scliar, localizado no Prédio 2 da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A oficina contemplará exposição temática e dialogada conduzida por pessoas especialistas e/ou com experiência no tema.

As inscrições serão realizadas via SIUR. Após a aprovação do evento, a divulgação ocorrerá nas redes sociais do NID e também pela Área Técnica de Saúde Integral da População LGBTI+ (SMSPA) junto a profissionais que compõem a rede municipal de saúde em diferentes níveis de atenção. Será providenciada lista de presença a ser assinada durante o evento pelas pessoas que fizerem inscrição prévia, a fim de controlar a frequência para emissão de certificado. Adicionalmente, para quem não realizar a inscrição prévia no SIUR, haverá a possibilidade de assistir ao evento, realizar a inscrição no SIUR durante a atividade (sob orientação da equipe organizadora) e assinar a lista de presença para emissão de certificado. Nesta edição, o público-alvo da oficina contempla somente profissionais da Medicina que atuam na atenção primária em saúde (APS) e que possuem vínculo com a rede municipal de saúde de Porto Alegre.

Objetivo 3: Saúde e bem-estar Objetivo 5: Igualdade de gênero Objetivo 10: Redução das desigualdades

Não.

Público Externo.