04/10/2023 até 04/10/2023
22/09/2023 até 04/10/2023
2:00 Horas
Liga de Cirurgia Plástica
Pedro Bins Ely
Presencial
O câncer de mama é um grande problema de saúde pública no Brasil, uma vez que é a segunda forma de câncer com maior incidência nas mulheres de todas as regiões de nosso país. Segundo o relatório “Dados e números sobre câncer de mama”, de 2022 do INCA (1), foram estimados 73.610 novos casos de câncer de mama para o ano de 2023. Sabe-se que, apesar de a mastectomia salvar vidas, a perda da mama pode afetar o psicológico das mulheres operadas, visto que as mamas estão relacionadas à feminilidade e à sexualidade dessas mulheres, causando traumas de difícil manejo para as suas vidas futuras. Brandão (2021) observou que mulheres mastectomizadas compartilhavam sentimentos como vergonha, medo, redução da sexualidade e insatisfação pessoal após o procedimento cirúrgico (2). Sendo assim, a cirurgia de reconstrução de mama se faz imprescindível, a fim de que as pacientes com dificuldades consigam conquistar de volta a sua autoestima. A despeito da importância da cirurgia de reconstrução de mama após mastectomia, seja ela radical ou conservadora, ainda é feito um número muito maior de mastectomias do que de cirurgias de reconstrução de mama no SUS - apenas 10% das pacientes brasileiras mastectomizadas têm acesso à reconstrução mamária imediata pelo SUS (3). De acordo com o DATASUS, foram realizadas 204.569 cirurgias para câncer de mama entre 2015 e 2020. Nesse mesmo período, foram realizadas somente 17.927 cirurgias de reconstrução com implante mamário, 115.330 reconstruções com retalhos miocutâneos e 38.643 cirurgias plásticas de mama não estéticas pelo SUS. Dessa forma, apenas 20% das mulheres que passaram por uma mastectomia puderam fazer cirurgia plástica com prótese no período analisado (3). Outro fator importante a ser adicionado é o aperfeiçoamento das técnicas utilizadas para reconstrução de mama ao longo dos anos. Tendo em vista um panorama histórico, o século XIX foi o que marcou o início das técnicas de reconstrução mamária, sendo que os médicos passaram a utilizar técnicas que envolviam tecidos autólogos. A reconstrução com implante, contudo, surgiu somente na segunda metade do século XX, tendo uma evolução extremamente importante até chegar nos dias atuais. Atualmente, usam-se diferentes técnicas padronizadas com o intuito de gerar o melhor resultado possível para a reconstrução da autoestima da mulher. Além disso, o mês de outubro, proposto para a realização do evento, é lembrado pela campanha “Outubro Rosa”, marcada pela conscientização sobre o câncer de mama em mulheres. A campanha divulga informações relacionadas à prevenção e ao diagnóstico da doença, com o objetivo de fomentar a procura por ajuda e tratamento precoce, bem como diminuir, potencialmente, a mortalidade devido à doença, uma vez que a principal causa de mortalidade entre as mulheres brasileiras está relacionada ao diagnóstico tardio da doença - o que ressalta a importância de tratar sobre esse assunto. Por meio da abordagem dos tópicos citados acima, almejamos evidenciar a relevância da reconstrução mamária após o câncer de mama na vida das mulheres acometidas pela doença, enfatizando os impactos benéficos para a sua autoestima e a recuperação da confiança. Além disso, buscamos fornecer informações acerca das técnicas de reconstrução e da complexidade que envolvem determinados casos clínicos através de palestrantes qualificados. 1.INSTITUTO NACIONAL DO C NCER , I. DADOS E NÚMEROS SOBRE C NCER DE MAMA- Relatório anual 2022. 2.BRANDÃO, B. L. et al. Importância da cirurgia plástica para mulheres mastectomizadas e o papel do Sistema Único de Saúde: revisão integrativa. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Sugery, v. 36, n. 4, 2021. 3. ALMEIDA, C. S. C. D. et al. Comparative analysis of mastectomies and breast reconstructions performed in the Brazilian Unified Health System in the last 5 years. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Sugery, v. 36, n. 3, p. 263–269, 2021.
Fornecer educação e atualizações sobre o tratamento e manejo da paciente com câncer de mama. Discutir os diferentes tipos de reconstrução mamária, bem como seus benefícios e as complicações mais frequentes. Apresentar os conceitos de enxertos, retalhos, expansores e próteses, que podem ser utilizadas na técnica cirúrgica. Apresentar a importância da agilidade no tratamento e seus benefícios para elevar a autoestima das pacientes. Apresentar formas de reduzir danos e traumas no manejo. Apresentar e discutir as melhores práticas para a triagem, avaliação, atendimento inicial e transferência para centros especializados. Fornecer oportunidades para a colaboração e a discussão entre estudantes e profissionais de saúde envolvidos no processo. Promover a conscientização e o engajamento da comunidade em torno do tratamento cirúrgico para reconstrução do câncer de mama, que, inclusive, é disponibilizado pelo SUS.
Nossa proposta está relacionada com o objetivo 4 – Educação de qualidade: assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
Não.
Público Interno, Público Externo, Docente, Discente, Técnico Administrativo da Instituição.
Data | Hora Início | Hora Fim | Atividade | Sala | Ministrante |
---|---|---|---|---|---|
04/10/2023 | 19:00 | 21:00 | "Restaurando a Confiança: Cirurgia de Reconstrução Mamária pós-Câncer” | Auditório do Hospital Dom Vicente Scherer. |
Eduardo Canova Da Rosa
Tássio Fernando Crusius
|