Abordar e esclarecer as principais informações acerca da afasia, permitindo que o público, a partir da atividade proposta, seja capaz de identificar, sobretudo, os sinais e sintomas característicos do transtorno. Busca-se, assim, maximizar a procura por ajuda especializada em casos de suspeita de afasia, evitando maiores prejuízos à comunicação e à saúde. Público-alvo: Idosos, adultos e jovens da comunidade externa.

De acordo com Kunst e Oliveira (2012), o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma patologia que ocorre a partir de uma disfunção neurológica súbita nos vasos sanguíneos cerebrais. É a segunda maior causa de mortes no Brasil, tendo grande prevalência em adultos e idosos. É importante pontuar que o AVE pode levar à baixa oxigenação de tecidos nervosos, incluindo em áreas responsáveis pela linguagem — nesse caso, a pessoa pode desenvolver uma condição denominada afasia. A afasia configura-se como um distúrbio adquirido da linguagem, causado por disfunção ou lesão encefálica, que pode ou não estar associada com outras alterações cognitivas, interferindo na capacidade de processamento e/ou produções linguísticas. De acordo com Beber (2019), as alterações e disfunções causadas pelas afasias incluem problemas na fluência (fala espontânea), compreensão, leitura, escrita, nomeação e/ou repetição — características fundamentais à comunicação humana. Vale ressaltar que a afasia não é considerada uma doença, mas uma desordem neurofisiológica. Portanto, não há uma cura medicamentosa, mas há possibilidade de tratamentos terapêuticos com evidências comprovadas. Os transtornos de linguagem afásicos podem levar a casos de depressão e outros distúrbios psiquiátricos, haja vista o isolamento social ao qual muitos pacientes são expostos. Quanto mais cedo uma pessoa com afasia receber tratamento adequado, maiores serão as chances de ela recuperar o máximo possível das funções prejudicadas. Contudo, em um número significativo de casos, o transtorno não é tratado como prioridade no pós-trauma e não é realizada uma avaliação para investigar a hipótese de afasia, o que dificulta sua identificação e desfavorece seu prognóstico, impedindo que o paciente receba o tratamento adequado (Silveira & Pagliarin, 2019). Nesse sentido, considerando: 1) o exponencial crescimento da população idosa no Brasil e no mundo e, consequentemente, o aumento na incidência de AVE; 2) a falha significativa percebida no enfrentamento à afasia no pós-trauma e 3) o desconhecimento da população sobre a temática, fazem-se necessárias ações de conscientização para a população acerca de o que são os transtornos afásicos e das formas de identificá-los e preveni-los.

Descrição da atividade: A ação de extensão proposta consiste em um evento a ser realizado no Parque Farroupilha, praça central da cidade com grande fluxo de pessoas nos fins de semana, incluindo adultos e idosos. Planeja-se montar uma estrutura no formato estande próximo ao Arco da Redenção, na região lateral do parque (Av. José Bonifácio), onde, ao longo do período diurno, os membros da Liga de Neurociências UFRGS/UFCSPA (acadêmicos de graduação e de pós-graduação das áreas de Ciências da Saúde e Linguagens) conversarão sobre afasia com os transeuntes do local. Ademais, será desenvolvido um material de divulgação científica sobre afasia, a ser publicado no Instagram da Liga, o qual poderá ser acessado através de um QR Code disponibilizado durante o evento. Detalhamento de como a atividade será realizada pela equipe: Previamente à atividade, será elaborada uma cartilha informativa sobre sinais e sintomas das afasias, a qual será publicada nas redes sociais da Liga e disponibilizada aos visitantes por meio de QR Code. Serão realizadas também pesquisas e discussões com a finalidade de preparação teórica dos ligantes e elaboração de atividades práticas para o evento. No dia do evento, uma equipe de estudantes, composta pelos ligantes que possuírem disponibilidade para fornecer auxílio presencial, será responsável pela montagem do estande e pela permanência no local para condução da atividade, o que será organizado em turnos, já que a ação se estenderá desde a manhã até a tarde. Esses estudantes serão responsáveis por convidar o público à participação na ação, fornecer informações de maneira objetiva e coloquial sobre as afasias e AVEs, tirar dúvidas que possam surgir e instigar o público através de atividades práticas (como um breve teste de nomeação ou compreensão). Ressalta- se ainda que todos os acadêmicos a serem alocados ao estande compõem a Liga de Neurociências UFRGS/UFCSPA (LiNc) e estarão devidamente identificados.

Não há necessidade de inscrição

Público Interno, Público Externo, Docente, Discente, Técnico Administrativo da Instituição.