06/11/2023 até 15/12/2023
20/10/2023 até 10/11/2023
15:00 Horas
Programa de Pós-Graduação Ensino na Saúde
Márcia Rosa Da Costa
Distância
A morte e a terminalidade de vida no âmbito social atual ainda são vistas como tabu. As pessoas tem restrições em pensar e conversar abertamente sobre questões que envolvem a morte e processo de morrer. Contemporaneamente, há diversas representações no imaginário social sobre a morte, que geralmente estão associadas a dor e ao sofrimento. Não obstante, é assunto proibido entre as crianças e, embora algumas vezes vivenciado, é silenciado e pouco falado durante a vida adulta. Este tema vem à tona apenas em circunstâncias de adoecimento e de perdas, mas comumente de forma superficial e introspectiva. Há grandes transformações na forma do ser humano entender e lidar com a morte na sociedade ocidental, principalmente ao compreender que de acontecimentos esperados, naturais, compartilhados, a morte passou a ser evitada, negligenciada e focada como um evento que ocorre, predominantemente, no contexto hospitalar, remetendo a um morrer solitário, e institucionalizado (SALOUM, 1999). Com a melhoria da medicina e das tecnologias ofertadas houve uma mudança no contexto do cuidado em saúde. A experiência da morte também sofreu alterações: de um cenário domiciliar com reflexões pessoais e despedidas de familiares e amigos, e com o médico no papel de coadjuvante apenas como um auxiliar no momento de terminalidade; deu lugar, em contrapartida, ao cenário atual centrado no ambiente hospitalar, onde a morte é esperada que ocorra nas emergências, unidades de tratamento intensivo (UTI) e enfermarias. Neste modelo, o médico tem papel de destaque, atuando como profissional detentor do conhecimento e das ferramentas tecnológicas para a tomada de decisão e para evitar o inevitável. Esta nova perspectiva fez com que a formação em medicina se adequasse de forma altamente tecnicista e com enfoque quase que exclusivamente curativo, baseado na perspectiva biomédica. Os currículos de graduação médica contemplam muitas disciplinas práticas voltadas às questões técnicas de saúde, priorizando o cuidado e a atenção à saúde e à vida. Assim, as disciplinas teóricas centradas mais em aspectos psicossociais e humanistas encontram-se concentradas e em menor quantidade nos anos iniciais do curso. Esta formatação do programa acadêmico revela uma negligência e dificuldade de aceitação da morte, fazendo com que os profissionais e, inclusive, a população, entenda a morte como fragilidade e falibilidade da medicina (KOVACS, 2021). Diversas pesquisas sobre a formação profissional em relação à morte mostram o despreparo dos estudantes e profissionais da saúde nesta temática, evidenciando uma brecha na formação acadêmica e nas grades curriculares (DUARTE; ALMEIDA; POPIM, 2015; PINHEIRO, 2011; MEIRELES, 2019; MARQUES, 2019; LIMA & BUYS, 2008; FALCÃO, 2009). A partir destas reflexões, urge a necessidade de preparo qualificado dos profissionais frente às questões não apenas práticas, mas psicossociais, culturais e espirituais que envolvem a morte.
Objetivo Geral: Proporcionar fundamentação teórica e reflexão crítica sobre o fenômeno da morte e terminalidade. Analisar a morte e processo de morrer como fenômeno inerente do ciclo vital, possibilitando ao aluno a compreensão de suas principais características, bem como, os mitos, barreiras e verdades que envolvem essa temática em diferentes âmbitos: cultural, histórico, espiritual e no âmbito dos profissionais de saúde. Objetivos Específicos: Ao final da disciplina os alunos deverão ser capazes de: - Analisar a história da morte e terminalidade; - Reconhecer a morte como fenômeno social, inerente do ciclo vital; - Conhecer os principais conceitos do espectro da morte e morrer; - Compreender a morte no âmbito da biomedicina e da bioética; - Compreender os mitos e verdades sobre a morte, e os “tabus” envoltos neste tema; - Discutir a temática da morte na sociedade moderna; - Reconhecer a rede de atendimento de saúde; - Discutir as atitudes dos profissionais de saúde diante do processo de terminalidade; - Analisar as situações de morte iminente e as diversas formas de reação frente a ela.
Não
Público Interno, Público Externo, Discente.
Data | Hora Início | Hora Fim | Atividade | Sala | Ministrante |
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06/11/2023 | 18:00 | 21:00 | Introdução ao estudo da morte e da terminalidade de vida | Não se aplica (online) |
Cassio Ribeiro Dos Santos
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13/11/2023 | 18:00 | 21:00 | História e conceitos sobre a morte e terminalidade | Não se aplica (online) |
Cassio Ribeiro Dos Santos
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20/11/2023 | 18:00 | 21:00 | Atividade assíncrona sobre morte e terminalidade | Não se aplica (online) |
Sem ministrante
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27/11/2023 | 18:00 | 21:00 | Formação profissional e a transdisciplinaridade na abordagem da morte e terminalidade | Não se aplica (online) |
Cassio Ribeiro Dos Santos
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04/12/2023 | 18:00 | 21:00 | Finalizações e conclusões do curso | Não se aplica (online) |
Cassio Ribeiro Dos Santos
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