23/07/2022 até 23/07/2022
04/07/2022 até 23/07/2022
3:00 Horas
Grupo de Estudos Afrobrasileiros (GEAB)
Programa de Extensão SANKOFA
NCULT
Mônica Maria Celestina De Oliveira
Presencial
O objetivo é proporcionar para a comunidade acadêmica e externa à universidade o reconhecimento da memória e da história das populações negras em Porto Alegre, identificando as marcas dos povos oriundos de África na composição social, política, econômica e cultural da cidade.
Partindo das discussões que ocorrem com os membros do Programa Sankofa e buscando ampliar as ações de integração com a comunidade externa, essa proposta busca estabelecer a visualização e a fruição de espaços marcantes para os povos afro-brasileiros, do ponto de vista da memória, da identidade e da cidadania, gerando percursos que referendem a passagem dos ancestrais por lugares territorializados pela comunidade negra na cidade de Porto Alegre. A atividade perpassa pela noção da arte e da cultura como possíveis marcas temporais no território, representando relações de poder, disputa, branquitude, branqueamento, racismo e afirmação dos povos na construção urbanística. Perpassa ainda, pela possibilidade de reconhecimentos dos povos negros sobre sua memória, ancestralidade, história e cultura, impulsionando assim políticas afirmativas e de pertencimento à cidade.
A atividade será realizada no dia 23 de julho, com encontro presencial no pátio da UFCSPA às 10h da manhã. A partir disso, os participantes serão convidados a caminhar por A proposta será realizada em um único dia, no qual os participantes serão convidados a realizarem o Percurso dos Territórios Negros localizado na região central de Porto Alegre, contando com apoio de mediadores. Ponto de partida: O trajeto tem como ponto de partida o pátio da UFCSPA, em que o grupo será constituído. Os/As mediadores/as farão a contextualização inicial acerca do percurso e do tema, abordando tópicos como a divisão da cidade entre centro e periferia, a entrada da cidade nos séculos XVIII e XIX, o processo de embranquecimento da Colônia Africana, a higienização da Ilhota e a constituição do Parque da Redenção. Deste ponto o grupo segue em caminhada pela Rua dos Andradas até a esquina da Avenida Borges de Medeiros. Segunda parada: “Esquina do Zaire” - aqui serão retomados os processos de socialização das populações negras em Porto Alegre, como a constituição dos Clubes Negros, das sociedades carnavalescas, da Liga da Canela Preta, dentre outros. Serão aqui trabalhados conceitos como os de encruzilhada, as relações entre o espaço, o carnaval e o futebol, e a própria constituição do que hoje conhecemos como “Esquina Democrática”. Desse ponto, seguimos até o Mercado Público. Terceira Parada: “O Bará do Mercado” - aqui, nos dispomos em frente a primeira obra do Museu do Percurso do Negro constituída como obra pública, na qual a principal abordagem é acerca das manifestações religiosas de origem afro-brasileira e afro-sul-riograndense, como o batuque, as festas religiosas e a noção de sincretismo. Ainda nesta parada podemos contemplar o Painel Afro-brasileiro, obra pública constituída em frente ao Chalé da Praça Quinze. Desse ponto, nos deslocamos em direção à Praça da Alfândega, passando pela Rua Caldas Júnior e contemplando os painéis fotográficos da Porto Alegre dos séculos XVII e XVIII. Quarta Parada: “Pegada Africana” na Praça da Alfândega. Aqui nos dispomos em frente a outra obra pública do Museu de Percurso do Negro, retomando os conceitos de diáspora e a chegada dos povos africanos no Brasil e em Porto Alegre. Também será trabalhada a própria constituição do centro da cidade, as relações de trabalho que ali se estabeleciam com as “quitandeiras” e os “escravos de ganho” até o fim da abolição e outros elementos que marcam esta região como o porto, as enchentes e a alfândega. Daqui, seguimos pela Rua dos Andradas, até a Igreja das Dores, fazendo ainda o movimento de apreciar a constituição dos prédios históricos localizados nessa rua. Quinta Parada: Aqui nos dispomos em frente ao chamado “Pelourinho” ou “Largo da Forca”, em frente a “Igreja das Dores”, retomando os conceitos de escravização e resistência, através da lenda do escravo Josimo e dos processos de exploração e genocídio para com a população negra. Seguimos até quase o final da Rua dos Andradas, nossa última parada. Última parada: “O Tambor”, na Praça Brigadeiro Sampaio, mais conhecida atualmente como “Praça do Tambor”, onde retomamos conceitos como ancestralidade, a história do tambor de sopapo, a relação entre música e resistência. Encerramos falando da importância do museu de percurso e do nosso olhar sobre a cidade.
Inscrição via SiUR até o dia do evento.
Público Interno, Público Externo, Docente, Discente, Técnico Administrativo da Instituição.
Data | Hora Início | Hora Fim | Atividade | Sala | Ministrante |
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23/07/2022 | 10:00 | 13:00 | Caminhada por lugares territorializados pela comunidade negra na cidade de Porto Alegre | Ruas do Centro |
Maurício Da Silva Dorneles
Tanise Baptista De Medeiros
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